Sintra
Tipologia edo geografia karakterizazioa
Etimoa
Ámbito semántico
Laburpen orokorra
Origem incerta, pré-romana.
Geografi, historia, administrazio alderdiak
Apesar de ser sede do segundo município mais populoso em Portugal e Património Mundial da UNESCO, Sintra conserva a categoria de vila. Tem vestígios de ocupação humana desde a época epipaleolítica; pertenceu ao território romano da civitas olisiponense; a região é referida por Estrabão como Hierna e por El Edrisi como Chentra (Boléo 1973); após a reconquista, D. Afonso Henriques outorgou, em 1154, Carta de Foral à Vila de Sintra.
Sintra é a grafia atual; entre o s. XVI e o s. XX usou-se frequentemente a grafia Cintra. Esta grafia com c justifica-se pela crença humanista de que a origem do topónimo seria Cynthia, um dos cognomes de Diana, deusa da lua. A crença terá origem no facto de Ptolomeu (x. II, Geografia) ter chamado à serra de Sintra Selénes óros (Mons lunae, ‘monte da lua’).
Leku izen honentzako informazio berezkoa
Machado (DOELP) adianta a hipótese de se tratar de uma raiz pré-indoeuropeia *set- ou *sint-, com o significado de ‘montanha’; o segundo formante seria basco, -iri ou -uri. Uma vez que -(h)uri (basco ocidental) e -(h)iri (basco central e oriental), ocorrendo em nomes de lugar, equivalem a topónimos compostos com vila, Sintra significaria ‘montanha povoada’ ou ‘povoação na (ou da) montanha’.
Segundo Alarcão (2008), a carta do cruzado inglês que descreve a conquista de Lisboa, editada em PMH, Scrip.I, pp.392-405, refere um castrum Suchtrium, Suchtria ou Suchtrio e os montes Suchtriis; estes nomes têm sido identificados com Sintra. Nesse caso, a evolução teria sido Suctria > suntria (com uma nasalização difícil de explicar) > sintria (com dissimilação, forma atestada em 1154 PMH, Leges pp. 383-384) > sintra (com monotongação, como Coimbria > Coimbra).
Quer a hipótese de Machado quer a da Alarcão, no entanto, não são suficientemente fundamentadas.
Dokumentazio historikoa
Antzinatekoa eta Erdi Arokoa
- “Comitis amedeu filie nobis qui sintrie habitatis” 1154 PMH, Leges pp. 383-384
Garaikidea
- “O cabo desta serra que entesta ao mar, a que os navegantes chamão Rocha de Sintra, chamavam os Geographos antigos Promõtorio da Lua, & outros Olisiponẽse, por a vizinhança que com Lisboa tem […]. Ao pee desta mesma Rocha […] stava antigamente hum templo dedicado ao Sol, & aa Lua, de que hoje ha vestígios” 1610 Leão_Descrição fl.25v e 26v
- “a nobre Villa de Cintra […]. Sua fundação principiou em hum Templo, que os Gentios dedicàrão à Lua, de que permanecem alguns vestígios; donde se infere ser povoaçam de Gregos […] & de outros povos juntos com os Galos Turdulos, trezentos & oyto anos antes do Nascimento de Christo, os quaes como adorassem a este Planeta debayxo do nome Cynthia, o puzeram a esta Villa” 1706-1712 Costa_Corografia p.82
kognatuak eta erlazionatutako leku izenak
Derivados do gentílico: Sintrão, Sintroa.
en Toponimia de Galicia e Portugal (PID2020-114216RB-C61), proyecto integrado en Toponomasticon Hispaniae, financiado por el MCIN/AEI/10.13039/501100011033/. http://toponhisp.org